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sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO
INTRODUÇÃO
Para se evitar erros simples, nos processos de
manuseio, coleta, transporte e armazenagem da amostra, que alteram os
resultados dos exames laboratoriais, foi criado o controle de qualidade, então,
devem ser seguidos os padrões para assegurar que os resultados demonstrem com
fidelidade o estado clínico do paciente.
O laboratório clínico deve assegurar que os
resultados produzidos reflitam, de forma fidedigna e consistente, a situação
clínica apresentada pelos pacientes, assegurando que não representem o
resultado de alguma interferência no processo. A informação produzida deve
satisfazer as necessidades de seus clientes e possibilitar a determinação e a
realização correta de diagnóstico, tratamento e prognóstico das doenças.
(CHAVES, 2010)
1. CONTROLE DE QUALIDADE
NO LABORATÓRIO CLÍNICO
O laboratório deve garantir a qualidade de seus
produtos, visto que devem ter isso como uma missão produzir resultados
corretos. È importante que os laboratórios ofereçam serviços que superem as
perspectivas de seus clientes, pois qualidade deve ser definida baseada em seus
clientes, que faz uso do serviço.
As conseqüências dos erros em laboratórios de
medicina podem ser muitas vezes graves, especialmente quando o teste irá
definir um diagnóstico, ocasionando resultados falsos positivo, ou ainda falsos
negativos. Ambas as circunstâncias colocam em risco a saúde do paciente e
produzem custos desnecessários para o sistema de saúde. (Guimarães, 2011)
Nos
laboratórios de análises clínicas, deve-se garantir a qualidade dos resultados
tendo controle absoluto sobre todas as etapas do processo, o qual pode ser
denominado de realizar exame, que compreende as fases pré-analítica, analítica
e pós-analítica. Todas essas etapas devem seguir um padrão, pois só assim
obteremos qualidade nos exames realizados.
Estabelecer este padrão visa prevenir, detectar,
identificar e corrigir todos os erros e possíveis variações de todas as fases,
desde o pedido até a entrega do resultado.
Todas as atividades realizadas dentro do laboratório
devem ser documentadas, através de Instrução de Trabalho (IT) ou Procedimento
Operacional Padrão (POP), isso depois de aprovados e colocados à mostra dos
funcionários. Esses documentos descrevem por detalhes cada atividade.
1.1 Controle Interno da Qualidade
É o controle intralaboratorial; a análise diária de
amostra de controle com valores conhecidos para avaliar a precisão dos ensaios,
como seu funcionamento eficiente e confiável dos procedimentos laboratoriais
para fornecer resultados válidos que contribuam ao diagnóstico clínico. Ele
verifica a calibração dos aparelhos e indica o momento de haver correção.
1.2 Controle Externo de Qualidade
É o controle interlaboratorial; esse sistema avalia
o resultado de cada teste com a média de consenso de seu grupo. Essa média é
feita pelo patrocinador do programa utilizando os resultados enviados pelos
laboratórios, que são agrupados por metodologias de ensaios empregadas.
Assim vemos que Controle Externo da Qualidade padroniza
os resultados de laboratórios distantes através da comparação interlaboratorial
de análises de alíquotas do mesmo material.
O laboratório que participa efetivamente de um
Programa de Controle Externo da Qualidade pode assegurar que seus resultados
aproximam o máximo de exatidão dentro de uma variabilidade analítica permitida.
1.3 Processos pré-analíticos
Diferentes fatores estão envolvidos nos erros de
laboratório clínico, principalmente na fase pré-analítica. Esta é a fase mais
suscetível aos erros de processos, sobre tudo aqueles processos que estão fora
do laboratório clínico e envolvem diretamente tarefas manuais. (Guimarães,
2011)
Esses são difíceis de controlar, já que grande parte
ocorre fora do laboratório. Há diversos fatores dentro do processo
pré-analítico que podem causar erros ou variações nos resultados:
1.3.1
Identificação
É de grande importância que o paciente, a
solicitação do exame e as amostras estejam identificadas; deve-se ter o nome do
paciente, com data e hora da coleta e o tipo do material a ser analisado.
1.3.2
Preparação
do Paciente
Os profissionais devem ter conhecimento da
importância de preparação do paciente para a coleta. Fatores como jejum, estado
nutricional, uso de álcool, estresse, fumo, exercícios físicos, postura e
interferências medicamentosas.
1.3.3
Coleta
da Amostra
Podem ocorrer erros por causa da obtenção,
preparação e armazenamento da amostra. Erro na identificação, troca de
material, contaminação da amostra, hemólise, estase prolongada, homogeneização,
centrifugação, conservação inadequada, anticoagulante errado, entre outros.
1.4 Procedimentos Analíticos
Esses procedimentos, que são o dá análise
propriamente dita, devem ser implantados na rotina laboratorial com
confiabilidade e praticidade. Deve-se considerar também a qualidade da água,
limpeza das vidrarias, calibração dos dispositivos de medição de ensaio
(pipetas, vidrarias, equipamentos.
Todos os processos analíticos devem ser documentados
com detalhes, assim como os pré-analíticos.
O modelo de trabalho nessa fase deve apresentar o
nome do procedimento; nome e fundamento do método; principais aplicações; tipo
de amostra do paciente; padrões, calibradores, controles, reagentes e insumos;
equipamentos; cuidados e precauções; procedimento detalhado; linearidade do
método; cálculos; controle da qualidade; valores críticos; observações.
1.5 Procedimentos Pós-analíticos
Consistem nas etapas executadas após a realização do
exame, o que incluem o cálculo dos resultados, análise da consistência dos
resultados, liberação dos laudos, transmissão e arquivamento de resultados,
consultoria técnica.
Os laudos devem ser entregues com
letra legível e sem rasuras, sendo que são confidenciais e devem respeitar a
privacidade dos pacientes mantendo sigilo sobre os resultados. Os resultados
devem ser entregues dentro de prazos especificados, sendo que devem permanecer
cópias ou arquivos dos laudos para posterior recuperação.
1.
REFERÊNCIAS
1. Lopes, H. J.; Garantia e Controle da Qualidade no Laboratório Clínico; Belo
Horizonte-MG, 2003.
2. CHAVES, C. D., [et al]; Controle
de qualidade no laboratório de análises clínicas; 2010.
Acadêmica: Frantiesca Vargas
Acadêmica: Frantiesca Vargas
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