Hemostasia
é o processo pelo qual o organismo procura controlar a perda sanguínea através de
um vaso lesado, evitando que ela se prolongue por um tempo maior. Em condições
normais as plaquetas e os fatores de coagulação circulam sob a forma
não-ativada e só exercem a função hemostática quando essas condições se
alteram.
O mecanismo de hemostasia pode ser dividido
em duas fases, sendo a primeira denominada de hemostasia primaria. Essa fase
ocorre logo após a lesão do vaso, uma solução de continuidade. Há uma imediata
constrição do vaso para que haja a diminuição do fluxo local, assim as
plaquetas podem entrar em contato com a solução de continuidade. Esse simples
toque é o bastante para ativar as plaquetas e iniciar o processo de hemostasia,
elas se aderem ao vaso e se acumulam para formar um tampão plaquetário —
podemos entender como o primeiro mecanismo de defesa contra a perda sanguínea.
As plaquetas ativadas e aderidas liberam substâncias com várias funções:
promover a agregação das plaquetas aderidas, ativam o mecanismo de coagulação,
diminuem a permeabilidade e mantém o tônus da rede vascular. Logo após a adesão
das plaquetas ocorre a agregação das mesmas, seguindo a ativação do mecanismo
de coagulação.
A hemostasia secundaria engloba os fenômenos
que se destinam à formação de um coágulo consistente, capaz de obliterar a
lesão vascular, que se forma uma etapa depois por causa da deposição de uma
rede de fibrina entre as plaquetas agregadas. A fibrina é uma substancia que se
forma pela ativação dos fatores da coagulação (ativados pelas plaquetas e
células do vaso lesado). Todo o processo de coagulação tem agentes controladores
para que não haja crescimento exagerado do trombo no interior do vaso.
Completada a hemostasia o vaso deve
ser recanalizado para que o fluxo sanguíneo seja restabelecido. A última etapa
consiste na remoção do coágulo, onde enzimas das células epiteliais dissolvem a
fibrina. Entre essas enzimas tem-se a plasmina, que promove a remoção completa
do trombo.
Bibliografia:
LORENZI, Therezinha;
Manual de hematologia propedêutica e clínica; pg 145, 4º Edição, Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
Frantiesca
Vargas
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