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quarta-feira, 16 de março de 2011

MÉTODOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS SEM O USO DE CULTURAS

As tentativas de estimar o número total de bactérias, arqueobactérias e vírus são frustrantes devido a dificuldades, tais como a detecção e recuperação do meio ambiente, ou o conhecimento incompleto de associações microbianas obrigatórias e o problema do conceito de espécie nestes grupos. Contudo, estimativas sugerem que o número de microrganismos não-cultiváveis excede grandemente o de organismos cultiváveis. Até recentemente, a identificação microbiana exigia o isolamento de culturas puras (ou, em alguns casos, de co-culturas definidas), seguido de testes para múltiplas características fisiológicas e bioquímicas. Os médicos já estão familiarizados com as doenças humanas associadas a microrganismos visíveis, porém não-cultiváveis. Na atualidade, os cientistas estão utilizando uma abordagem auxiliada pela PCR, utilizando o RNAr para a identificação de microrganismos patogênicos in situ.
A primeira fase dessa abordagem envolve a extração do DNA de uma amostra apropriada, o uso de técnicas moleculares padronizadas para obter uma biblioteca de clones, a recuperação da informação de sequências do DNAr e a análise comparativa das sequências recuperadas. Todos esses dados fornecem informações sobre a identidade ou relação das sequências em comparação com a base de dados disponíveis. Na segunda fase, a prova de que as sequências provêm de células da amostra original é obtida por hibridização in situ, utilizando sondas específicas para sequências.
Essa abordagem vem sendo utilizada na identificação de microrganismos patogênicos. Por exemplo, um actinomiceto previamente não-caracterizado foi identificado como a bactéria em forma de bastonete associado à doença de Whipple, para a qual foi proposto o nome de Tropheryma whipplei. A abordagem com o RNAr também foi utilizada para identificar o agente etiológico da angiomatose bacilar como Bartonella henselae e mostrar que o patógeno oportunista, Pneumocystis jiroveci, é um fungo.

BIBLIOGRAFIA

BROOKS, Geo F. [et.al]; Microbiologia médica. 24ª Edição. Págs 49 e 50. Editora Mc Graw Hill. Rio de Janeiro,2009.
Acadêmica: Karen Quevedo

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Clonagem

1. INTRODUÇÃO



A célula é considerada a unidade estrutural de um organismo, que pode ser pluricelular (mamíferos) ou unicelular (bactérias). Dentro do núcleo de cada célula existe um material genético, o acido nucléico, que em uma forma bastante condensada estabelece uma estrutura chamada cromossomo, composto por cromatina, que ainda pode ser dividido em genes. De acordo com Griffths (2006), gene é a unidade física e funcional fundamental da hereditariedade, carregando a informação de uma geração para a conseguinte; segmento de DNA que possui uma região transcrita e uma seqüência regulatória que possibilita a transcrição. Esse genoma tem capacidade de determinar todas as características que existirão em um ser vivo, tanto boas como ruins.
O ser humano é formado por trilhões de células, sendo divididas em vários grupos que desempenham tarefas especializadas, e que mantém um complexo meio de comunicação entre elas. Podemos defini-las ainda em somáticas (células 2n) e reprodutivas (células n).
Todas essas células são provindas da união de um ovócito e um espermatozóide, isso ocorre apenas porque a célula reprodutiva feminina possui mecanismos capazes de reprogramar o código genético, tornando todos os seus genes ativos novamente.
Após a fertilização dá-se início a clivagem, processo pelo qual o zigoto divide-se por mitose formando várias células com o mesmo genoma. Quando atingir de 8 a 16 células, estas irão se dividir em dois grupos: o das células externas que originaram os anexos embrionários e as células que originarão o embrião.
Após 72 horas esse embrião terá em torno de cem células, as chamadas células-tronco embrionárias pluripotentes (células que possuem diferentes características que as qualificam como uma fonte potencial para terapia celular), que se diferenciarão e, a partir disso, originarão células filhas diferenciadas que formarão todos os distintos tecidos que constituem o ser humano.
Mesmo que todas as células somáticas tenham a mesma quantidade de material genético, os genes irão se expressar de forma diferente em cada grupo tecidual, assim manifestando as particularidades de cada.
Vendo poder das células tronco de se diferenciar em outros tecidos, encontra-se uma alternativa de cura para muitas doenças, sendo que foram muitas as propostas de terapias baseadas no uso dessas células. Terapias que visam clonar um humano doente e usar as células indiferenciadas para a restauração de tecidos. Temos um exemplo na diabetes mellitus, onde se aplica células-tronco em ilhotas não funcionais do órgão nativo, para que elas possam se diferenciar em células beta.
Mas a partir disso temos que considerar a ética, pois não sabemos o quanto podemos avançar em pesquisas de clonagem, tanto terapêutica quanto reprodutiva, além de não sabermos exatamente as conseqüências provindas disso.



2. CLONAGEM



          Segundo Griffiths (2006), clonagem é a produção de organismos geneticamente idênticos das células somáticas de um organismo individual.
          A clonagem é comum em determinados organismos, como plantas e bactérias, para que haja a proliferação da espécie. Porém, na espécie humana, há uma única forma de obtenção de clones por evento natural, os gêmeos univitelinos, provindos de fertilização de um ovócito por um espermatozóide, e que, em uma determinada etapa da clivagem, dividiu-se em dois embriões, formando organismos geneticamente idênticos, porém um único genótipo pode formar fenótipos diferentes dependendo do ambiente no qual cada gêmeo irá se desenvolver.
          Então, com as evoluções tecnológicas e científicas, almejou-se a produção de clones por técnicas laboratoriais, e assim se fez. Introduzindo o núcleo de uma célula somática diferenciada de um ser adulto em um ovócito anucleado, formando um zigoto. Assim, essa nova célula terá o mesmo comportamento de um ovócito recém fecundado, iniciando o processo de clivagem para a formação de um embrião, que terá células capazes de se diferenciar em outros tecidos do organismo.
          A clonagem foi realizada com animais, como a ovelha Dolly. Esse acontecimento possibilitou que se ambicionasse o processo para a obtenção de clones humanos, para fins terapêuticos e reprodutivos.
          Esse procedimento, que consegue gerar vida a partir de uma célula somática e um ovócito anucleado compatível, além da finalidade terapêutica e reprodutiva, pode resgatar animais extintos de outros tempos, através do DNA armazenado em tecidos. Outra modalidade atual é a clonagem para fins comerciais.

2.1. Clonagem reprodutiva

            A clonagem reprodutiva foi testada em muitos animais, mas o exemplo mais famoso em que se obteve sucesso até hoje ocorreu em 1996, o caso da ovelha Dolly. Antes dela acreditava-se que fosse impossível clonar através de uma célula somática, uma célula já diferenciada. Entretanto, isso foi possível ao colocar o núcleo com material genético de uma célula somática em outra anucleada, após isso introduzida no útero de outra ovelha. Esse núcleo transferido de célula teve que tolerar uma grandiosa reprogramação de seu genoma, mas mesmo assim, um desses eventos de reprogramação provavelmente não é apagar as marcas dos genes imprintados, pois isso certamente impediria o desenvolvimento normal de um embrião.
            Atualmente outros animais já foram clonados, como vacas, porcos, camundongos e outros mamíferos, por isso se pode perceber que os clones apresentam mais fragilidade.
No caso dos humanos, a proposta é retirar o núcleo de uma célula somática, que pode ser de qualquer tecido do corpo de um adulto ou criança, inseri-lo em um ovócito então implantá-lo em um útero, o qual serviria como uma barriga de aluguel. Caso haja o desenvolvimento do embrião, o resultado seria uma criança com as mesmas características genéticas do doador da célula somática, entretanto sabemos que os genes podem ser ligados e desligados conforme o ambiente em que se desenvolve e, assim como ocorre em gêmeos univitelinos, podem ocorrer algumas diferenças fenotípicas. Também não se pode dizer que as opiniões e atitudes serão iguais.

2.2. Clonagem terapêutica

Se utilizássemos esse mesmo ovócito ao qual foi implantado o núcleo da célula somática e não o introduzirmos em um útero, podemos ainda obter células tronco através de técnicas laboratoriais, fazendo com que o zigoto comece a clivagem e forme o bastocisto. Assim podemos ter perspectivas de cura à pessoas que possuem doenças ainda consideradas incuráveis, pois através do cultivo de células pluripotentes podemos fabricar tecidos, isso sem necessidade de implantação no útero.
Há uma pesquisa recente publicada na revista ScienceExpress que confirma as chances de recrutar células tronco pela técnica de clonagem terapêutica. A pesquisa envolveu 16 mulheres que doaram um montante de 246 ovócitos juntas; com esses ovócitos vieram as células “cumulus", que ficam ao seu redor. O núcleo delas mesmas foi introduzido aos respectivos ovócitos. O resultado mostrou que 25% deles conseguiram se dividir e chegar ao estágio de blatocisto.
A vantagem desse tratamento seria de evitar as rejeições do organismo, sendo que a pessoa que necessitasse desse tratamento poderia ser a doadora da célula somática a ter o núcleo introduzido em um ovócito. Contudo, se o paciente afetado tiver uma doença genética, este não poderá ser clonado, pois a mutação patogênica é parte do genoma de todas as células do organismo. E assim terão que utilizar células-tronco de outro genoma compatível, mas não saberíamos se no caso de células clonadas de uma pessoa mais velha teriam a mesma idade do doador ou seriam células jovens. Também devemos pensar na possibilidade de a reprogramação inviabilizar o processo dependendo do tecido ou do órgão a ser substituído. Não se pode esquecer ainda, da possibilidade de um câncer provindo dessas células.
Vendo as vantagens e os riscos, percebe-se que a clonagem para fins terapêuticos deve ser mais bem estudada para ter aplicação na clínica.



BIBLIOGRAFIA


LIVROS

  • GRIFFTHS, Anthony; [ et al] Introdução à Genética, 8º edição, pgs 3, 6, 18, 311,697, 703, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
  • ALBERTS, Bruce; [et al]  Biologia Molecular da Célula, 3º edição, pgs 3,1040, Porto Alegre: Artmed, 1997.
  • JUNQUEIRA; Carneiro, Biologia Celular e Molecular, 8º edição, pg 52, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
  • BORGES-OSÓRIO, Maria Regina; Robinson, Wanyce Miriam, Genética Humana, 2º edição, pg 320, São Paulo: Artmed, 2006.

SITES



Acadêmica:
Frantiesca Vargas

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Avaliação do conhecimento sobre métodos preventivos do câncer de mama entre acadêmicas.


O câncer é uma das doenças que mais causa mortes mundialmente. Ela está relacionada com múltiplos fatores como os hábitos individuais e o ambiente em que as pessoas vivem. (FILHO)
O câncer nada mais é do que um crescimento desordenado de uma célula com material genético alterado, por descontrole do seu ciclo de divisão celular. Durante a multiplicação do genoma, podem ocorrer certos erros, aos quais chamados de mutações. Sendo assim, pode-se compreender que o câncer ocorre devido a vários erros cumulativos: mutações gênicas por quebras e perdas de material genético, amplificação gênica (cópias extras de fragmentos de DNA), entre outros. (DANTAS)
O câncer de mama (CM) é mais comum em mulheres, com uma taxa de mortalidade de 10,44 mortes por 100 mil mulheres no Brasil, no período entre2002 e 2004. Sua maior incidência foi particularmente mais evidenciada em mulheres pós-menopausa. Existem múltiplos fatores de risco associados ao desenvolvimento do CM, tais como: sobrepeso, alcoolismo, alterações hormonais, lesões mamárias em categoria de alto risco e existência de familiares próximos afetados pela enfermidade, sendo o último um dos de maior importância 5,6. (DANTAS)

Objetivos

O presente estudo foi delineado pelos seguintes objetivos:
*Avaliar o conhecimento adquirido sobre os métodos de prevenção do câncer de mama entre acadêmicas;
*Evidenciar se existe a prática dos métodos de prevenção relacionados ao câncer de mama entre as acadêmicas;
*Avaliar quais fontes informativas as acadêmicas mais utilizam para buscar conhecimento sobre os métodos de prevenção do câncer de mama;

Material e Métodos

O estudo foi realizado com 30 acadêmicas do curso de arquitetura e urbanismo de uma universidade de Sinop-MT. Foi utilizado como instrumento de coletas de dados um questionário, contendo perguntas sobre características sócio-demográficas e sobre o câncer de mama bem como informações e métodos de prevenção desta patologia. O questionário foi aplicado no mês de agosto de 2010. Os dados analisados foram tabulados e transferidos para um programa chamado EpiInfo versão 3.5.1 e convertidos para imagens gráficas do Windows XP.























Resultados


O estudo verificou que cerca de 86,7% das entrevistadas eram solteiras, e 56,7% apresentam renda familiar acima de quatro salários mínimos, e que 43,3% fazem uso de anticoncepcional. Porém 100% das entrevistadas não bebem e não fumam, e 56,7% não praticam atividade física. A principal fonte informativa das acadêmicas foi TV, INTERNET, REVISTA OU JORNAL (66,2%), E 93,3 % conhece a finalidade de exame de mamografia. Em ralação aos métodos de prevenção 93,3% conhecem a técnica do auto-exame das mamas, porém 70% nunca realizou a técnica.

Discussão e Conclusão


Através deste estudo observamos que a maioria das entrevistadas possui conhecimento sobre os métodos de prevenção (gráfico 01), o auto-exame, porém 70% delas nunca realizaram o exame (gráfico 02), mesmo todas tendo acesso a informações sobre este tipo de câncer, sendo pelo médico no posto de saúde (17,9%),com a mãe (14,3%), na escola (1,6%), ou nos principais meios de telecomunicação(66,2%).
Podemos concluir que, elas possuem fontes informativas e possuem conhecimento sobre os métodos de prevenção, mas o que falta a elas é realizar as práticas de prevenção. Pois estas práticas tem por objetivo fazer parte das medidas de educação para a saúde e conhecimento da própria mulher. A mulher deve realizar estas práticas sempre, não esperar chegar a idade “certa” para realizar o auto-exame e a mamografia.



Bibliografia

FILHO,G.B; Bogliolo Patologia. 7ª Edição.Pgs: 628 à 639.Guanabara Koogan. Rio de Janeiro,2006.
DANTAS, E.L.R. Genética Do Câncer Hereditário. http://www.inca.gov.br/





Acadêmicas:
Karen A. Quevedo;
Frantiesca M. L. de Vargas;
Lili T. Dall Astra;
Evellim Nogueira.

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