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segunda-feira, 11 de abril de 2011

COMO PROVAR SER UM VÍRUS A CAUSA DE CÂNCER HUMANO


É evidente que os vírus estão envolvidos na gênese de vários tipos de tumor humano. Em geral, é muito difícil comprovar uma relação casual entre vírus e determinado tipo de câncer. Se um vírus for único agente etiológico de um câncer específico, a distribuição geográfica da infecção viral deverá coincidir com a do tumor; a presença de marcadores virais deve ser maior nos casos do que nos controles; e a infecção viral deve proceder ao desenvolvimento do tumor. Este critério pode ser difícil de estabelecer se outros fatores ambientais ou genéticos causam alguns casos do mesmo tipo de câncer. Somente nos casos em que a expressão contínua de uma função viral for necessária à manutenção da transformação é que os genes virais persistirão em todas as células tumorais. Se o vírus constituir uma etapa inicial na carcinogênese em múltiplas etapas, poderá haver a perda do genoma viral à medida que o tumor, mas pode representar simplesmente um passageiro devido à sua afinidade pelo tipo celular. Em geral, vírus tumorais não se replicam nas células transformadas, de modo que é necessário utilizar métodos muito sensíveis, como a pesquisa de ácidos nucléicos ou proteínas virais, para detectar a presença do vírus. A indução de tumores em animais de laboratório e a transformação de células humanas em cultura constituem boas evidências circunstanciais de que um vírus é tumorigênico. Esses sistemas podem fornecer modelos para análises moleculares do processo de transformação, mas não constituem uma prova de que o vírus provoca determinado câncer humano. A prova mais definitiva de uma relação casual consiste na redução da incidência do tumor mediante a prevenção da infecção pelo vírus. Os métodos de intervenção devem ser eficazes para reduzir a ocorrência de câncer, mesmo se o vírus for apenas um dos diversos co-fatores.




BIBLIOGRAFIA

BROOKS, Geo F. [et.al]; Microbiologia médica. 24ª Edição. Pág 602. Editora Mc Graw Hill. Rio de Janeiro,2009.




Acadêmica: Karen Quevedo


domingo, 27 de março de 2011

CIENTISTAS DESCOBREM UMA CÉLULA DO CORPO QUE "AJUDA" O CÂNCER




Um novo estudo descobriu que algumas células “traem” o corpo, protegendo os tumores cancerígenos do sistema imunológico. A descoberta alerta que se fosse possível bloquear essas células, os tratamentos para parar o crescimento de tumores seriam mais eficazes. Os pesquisadores sabiam que o microambiente do tumor era imunossupressor, mas não sabiam como. Para descobrir isso, a equipe investigou as células vizinhas ao tumor. Os tumores cancerígenos são sempre rodeados por uma mistura de células do sistema imunológico que, por alguma razão desconhecida, parecem permitir que o tumor cresça sem interferir. Os pesquisadores então decidiram destacar um tipo de célula que está presente em torno dos tumores, bem como em áreas de inflamação crônica, como as articulações de pessoas com artrite reumatóide. Pouco se sabe sobre essa célula, que os pesquisadores chamam de FAP, por causa da proteína de ativação de fibroblastos encontrada em sua superfície. Embora a célula tenha sido descoberta escondida em torno de tumores há 20 anos, poucas pesquisas foram feitas sobre sua função. Ela tem sido utilizada apenas como indicadora de tumores. Inclusive, os pesquisadores estão tentando descobrir se ela já foi estudada antes sob um nome diferente. Para estudar a função destas células, a equipe injetou tumor de pulmão ou de pâncreas em ratos, e matou seletivamente as células FAP. Quando as células FAP morreram, todos os tumores pararam de crescer. Segundo os pesquisadores, nos ratos os tumores normalmente dobram de tamanho em dois dias. Mas quando eles dissecaram os tumores dois dias após matarem as células FAP, os tumores estavam do mesmo tamanho ou ligeiramente menores do que quando foram injetados. Além disso, cerca de metade das células do tumor morreram por inanição de oxigênio, o que sugere que seu suprimento de sangue foi cortado. Os pesquisadores imaginam que as células FAP trabalham bloqueando a ação de duas proteínas que normalmente matam os tumores. Quando eles bloquearam a atividade dessas duas proteínas, em uma outra experiência, foram capazes de impedir a necrose tumoral. Ainda assim, especialistas alertam que o modelo de câncer dos ratos não se parece com a natureza dos carcinomas humanos que se pode observar na prática clínica. Antes que a equipe de pesquisadores possa desenvolver uma terapia aplicável aos seres humanos, eles precisam descobrir em quais outros lugares do corpo essas células podem residir, e o que elas estão fazendo.





BIBLIOGRAFIA







Acadêmica: Karen Quevedo

quinta-feira, 24 de março de 2011

BLOQUEIO AO HIV


Pesquisadores da escola de medicina da Universidade da Pensilvânia trazem uma boa notícia para a luta contra a Aids. Eles estão desenvolvendo um tratamento que impede a invasão do HIV nas células brancas do sangue. Os cientistas pretendem alterar as células geneticamente para bloquear a entrada do vírus. As primeiras nove pessoas a receber o tratamento mostraram resultados promissores.
De acordo com o responsável pela pesquisa, Carl June, o tratamento envolve retirar as células mais propensas à infecção por HIV, chamadas CD4+, de um paciente soropositivo. Em seguida, elas são alteradas em laboratório para “sabotar” um gene chamado CCR5, que é a “porta de entrada” do vírus causador da Aids. As células tratadas ficam, então, “trancadas” para o HIV. Depois da mudança, elas são recolocadas no paciente.“Este é o primeiro exemplo de modificação genética a introduzir um gene resistente a doenças em um paciente”, disse June.
Os resultados preliminares revelaram que, um ano após o tratamento, as células alteradas cresceram em número. Em alguns pacientes, as células haviam colonizado áreas do intestino e da mucosa retal, onde o HIV geralmente se multiplica e as CD4+ se esgotam. O estudo foi considerado pioneiro e apresentado esta semana em uma conferência sobre vírus em Boston.




BIBLIOGRAFIA






Acadêmica: Karen Quevedo

quarta-feira, 16 de março de 2011

MÉTODOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS SEM O USO DE CULTURAS

As tentativas de estimar o número total de bactérias, arqueobactérias e vírus são frustrantes devido a dificuldades, tais como a detecção e recuperação do meio ambiente, ou o conhecimento incompleto de associações microbianas obrigatórias e o problema do conceito de espécie nestes grupos. Contudo, estimativas sugerem que o número de microrganismos não-cultiváveis excede grandemente o de organismos cultiváveis. Até recentemente, a identificação microbiana exigia o isolamento de culturas puras (ou, em alguns casos, de co-culturas definidas), seguido de testes para múltiplas características fisiológicas e bioquímicas. Os médicos já estão familiarizados com as doenças humanas associadas a microrganismos visíveis, porém não-cultiváveis. Na atualidade, os cientistas estão utilizando uma abordagem auxiliada pela PCR, utilizando o RNAr para a identificação de microrganismos patogênicos in situ.
A primeira fase dessa abordagem envolve a extração do DNA de uma amostra apropriada, o uso de técnicas moleculares padronizadas para obter uma biblioteca de clones, a recuperação da informação de sequências do DNAr e a análise comparativa das sequências recuperadas. Todos esses dados fornecem informações sobre a identidade ou relação das sequências em comparação com a base de dados disponíveis. Na segunda fase, a prova de que as sequências provêm de células da amostra original é obtida por hibridização in situ, utilizando sondas específicas para sequências.
Essa abordagem vem sendo utilizada na identificação de microrganismos patogênicos. Por exemplo, um actinomiceto previamente não-caracterizado foi identificado como a bactéria em forma de bastonete associado à doença de Whipple, para a qual foi proposto o nome de Tropheryma whipplei. A abordagem com o RNAr também foi utilizada para identificar o agente etiológico da angiomatose bacilar como Bartonella henselae e mostrar que o patógeno oportunista, Pneumocystis jiroveci, é um fungo.

BIBLIOGRAFIA

BROOKS, Geo F. [et.al]; Microbiologia médica. 24ª Edição. Págs 49 e 50. Editora Mc Graw Hill. Rio de Janeiro,2009.
Acadêmica: Karen Quevedo

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cientistas descobrem mecanismo do corpo humano que controla níveis de açúcar



Cientistas identificaram um mecanismo até então desconhecido, uma forma com que o corpo humano controla os níveis de açúcar no sangue após uma refeição. A descoberta revela o papel desempenhado por uma proteína particular, que ajuda a manter os níveis de açúcar corretos no sangue.
Os pesquisadores se focaram nos mecanismos pelos quais o corpo humano controla o nível de açúcar no sangue após uma refeição. Eles descobriram que, para manter os níveis corretos de açúcar, uma proteína presente nas células que liberam insulina no pâncreas tem que ser ativa.
Essa proteína, chamada receptor muscarínico M3, não tem que ser apenas ativa, mas também precisa passar por uma alteração específica. Essa mudança provoca a liberação de insulina e o controle dos níveis de açúcar no sangue.
Sem a mudança no receptor muscarínico M3, os níveis de açúcar sobem da mesma forma que acontece em pacientes com diabetes. Os pesquisadores estão realizando testes para saber se o mecanismo de controle dos níveis de açúcar descoberto é um dos mecanismos perturbados pela doença. Se esse for o caso, o estudo terá implicações importantes no tratamento da diabetes.


Referência:

terça-feira, 16 de novembro de 2010

NANOTECNOLOGIA COMBATE O CÂNCER NATURALMENTE





A nanotecnologia já cruzou o caminho do câncer algumas vezes – estudos sobre tipos de nanopartículas artificiais como força de destruição das células e como transporte de drogas anti-tumorais diretamente às células cancerosas são exemplos de como a nanotecnologia pode beneficiar o tratamento da doença.
Agora, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) estão trabalhando na habilidade de transporte das nanopartículas para combater o câncer de forma natural, ou seja, ao invés de usá-las para levar medicamento, eles as usam para transportar células do sistema imunológico do próprio corpo do paciente.
O tratamento parece simples. As células T (indicadas pela seta na foto), um tipo de glóbulo branco que está envolvido na imunidade mediada por células, são colhidas do sangue do paciente. Em seguida, são tratadas de tal maneira que visem especificamente às células cancerosas.
As novas células T são presas a uma nanopartícula lipídica baseada em interleucinas. A interleucina é um tipo de substância química que ajuda a promover o crescimento de células T. Finalmente, a célula T e as nanopartículas de interleucina são injetadas de volta no paciente.
As células T passam a procurar os tumores que elas foram programadas para destruir. As interleucinas ajudam a manter uma contagem de células T saudáveis para combater as células cancerosas diretamente, sem causar produção anormal em outras partes do corpo – e isso é importante. Tratamentos com interleucina podem ter efeitos colaterais devastadores, incluindo insuficiência cardíaca e pulmonar. Mas a abordagem utilizada pela pesquisa recente não deixa que ocorra processo de produção de células T a não ser na área do tumor a ser afetado.
Os pesquisadores realizaram um teste clínico com camundongos. O tratamento foi 100% eficaz. Camundongos que receberam tratamentos com células T com interleucina ou células T padrão morreram após 75 dias, enquanto os ratos do grupo de controle morreram após apenas 25 dias. Os camundongos que receberam o tratamento de nanopartículas viveram mais do que o limite de 100 dias do estudo.
O que os pesquisadores objetivam é melhorar cada vez mais a terapia com células do sistema imunológico, para que um dia ela possa levar os seres humanos para mais perto da cura do câncer, e não só a um retardo da progressão da doença





BIBLIOGRAFIA

www.hypescience.com



Acadêmica
Karen Quevedo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Mistério da Bactéria super resistente, KPC.

Bem, como futura biomédica e vendo a preocupação de todos e o pânico geral sobre a Bactéria KPC, resolvi fazer umas pesquisas para tentar esclarecer as duvidas de profissionais e da população em geral.
As bactérias possuem um fragmento de DNA circular, chamado plasmídeo que proporciona a capacidade de conferir uma nova característica, por exemplo, resistência a antimicrobianos. A Carbapenemase é uma enzima descrita pela primeira vez em 2001 na Klebsiella pneumoniae, dai o nome KPC.
A Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma enzima produzida por bactérias Gram-negativas (enterobactérias), e sua produção é responsável por conferir a resistência bacteriana aos antimicrobianos carbapenêmicos, além de inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos. Os carbapenens são uma classe amplamente utilizada no tratamento de infecções envolvendo Enterobacteriaceae multirresistente.
Vários são os mecanismos de resistência que podem impedir a ação dos carbapenens, e a resistência surge, ocasionalmente, da combinação de impermeabilidade da membrana com betalactamases cromossômicas (AmpC) ou de amplo espectro (ESBL). Lembrando que a carbapenemase também está presente em outras bactérias além da Klebsiella pneumoniae, como K. oxytoca, Salmonella enterica, Enterobacter sp, Enterobacter cloacae.
A propagação ocorre principalmente em hospitais, e as principais vítimas são pessoas imunodeprimidas, se tornando suscetíveis as bactérias. A bactéria ainda não apresenta sintomas próprios, mas sim os de infecções comuns, como febre, dores na bexiga (se for o caso de uma infecção urinária), tosse (se for uma infecção respiratória). A propagação ocorre pelo contato intra-hospitalar não voa, nem não passa pelo ar. Um médico que manipula a saliva de um paciente e não higieniza bem as mãos pode passar essa bactéria para outra pessoa com um simples aperto de mão.
Medidas profiláticas como higienização constante das mãos é uma medida simples e eficaz, e para profissionais que trabalham em hospitais além da higienização, também é recomendado que, quando identificado o paciente infectado deve permanecer em isolamento, medidas de isolamento até a alta do paciente, limpeza e assepsia de superfícies, equipamentos e artigos, e restrição de visitas ao paciente.
Para que possam entender, essa enzima foi uma “adaptação” da bactéria aos antimicrobianos. Essa adequação da bactéria foi responsável por prolongar a vida dela. As bactérias se adaptaram com as dificuldades de seu cotidiano, os antimicrobianos. Parece história de criança, mas foi o modo encontrado pelas bactérias de sobreviver. Como dizem: “superando obstáculos é que vencemos na vida”. Foi basicamente isso que aconteceu.







*Vale lembrar:




Não poderia deixar de falar sobre o uso excessivo de antibióticos realizado pela população. Hoje existem diversas bactérias com resistência a diversos antibióticos como a penicilina, tetraciclina, cloranfenicol, vancomicina (o primeiro relato de Enterococcus resistentes à vancomicina foi em 1987. Outros microorganismos patogênicos também desenvolveram resistência na década de 90 e começo do século XXI, inclusive Staphylococcus aureus e Clostridium difficile).
Antibióticos considerados amplamente eficazes e de boa atividade antimicrobiana, são utilizados sem prescrição médica. A resistência ocorreu da mesma forma, foi uma adaptação da bactéria.
Então, cabe a nós profissionais informar a população sobre os riscos da automedicação, consumir medicamentos somente com prescrição médica.













Bibliografia:












Acadêmica: Karen Quevedo


Bactérias são capazes de criar um circuito de eletricidade


Cientistas descobriram que bactérias podem conduzir eletricidade ao longo de pequenos apêndices, como fios elétricos.
Biólogos notaram que as bactérias do fundo do mar “fabricavam” fios curiosos quando eram colocadas em ambientes com pouco oxigênio. Ao invés de sufocar, elas criavam nanofios feitos de proteína que “caçavam” bolsos de oxigênio ou outros locais para despejo de elétrons.
Em seguida, as bactérias pareciam compartilhar o gás ligando seus fios, como se uma sala lotada de pessoas pudesse respirar de apenas uma janela aberta simplesmente dando as mãos.
Com ferramentas de nanotecnologia, os pesquisadores mostraram que os fios dessas comunidades bacterianas podem agir como circuitos. Eles mediram o fluxo da corrente e descobriram que um bilhão de elétrons viaja através dos fios a cada segundo. A eletricidade não é tão forte como em um fio de cobre, mas é suficiente para suportar a rotina diária de consumo de energia de uma célula e sobrar elétrons.
Segundo os pesquisadores, uma comunidade de bactérias ligadas por esses nanofios poderia atuar como uma célula de combustível viscoso, digerindo matéria orgânica e liberando eletricidade. A comunidade pode ser estimulada, por exemplo, para devorar sedimentos marinhos tóxicos ou processar esgotos em estações de tratamento de resíduos.
Segundo engenheiros ambientais, as bactérias poderiam ser muito úteis em estações de tratamento de esgoto. Elas podem não resolver todos os nossos problemas de energia, mas seria uma alternativa para resolver os problemas de energia da água, por exemplo, já que o tratamento de resíduos consome cerca de 5% da fatura elétrica nos EUA.
Aliás, as bactérias são fortes candidatas a fontes de energia alternativa, porque são baratas e fáceis de manter. Uma superfície de eletrodo é necessária para capturar os elétrons, mas de resto, a bactéria pode fazer trabalhos como a decomposição de sedimentos oceânicos ou “quebrar” o metano emitido pelos arrozais.
Segundo os pesquisadores, é incrível que esses organismos desenvolvam seu próprio sistema de distribuição elétrica, sendo que os seres humanos só conhecem a eletricidade há 200 anos. Talvez as bactérias façam isso há bilhões de anos.
A pesquisa não prova que as bactérias realmente “exploram” esse sistema, só que elas são capazes de fazê-lo. Os cientistas ainda querem descobrir se há outras maneiras delas realizarem esse circuito. O próximo passo do estudo é entender como as bactérias trabalham em comunidade. Talvez as colônias possam usar a respiração celular para gerar eletricidade, por exemplo.

Referência:

domingo, 17 de outubro de 2010

Primeiro Tratamento com Células-tronco Embrionárias é Iniciado




A ciência médica da humanidade deu um dos maiores de salto de sua história quando, no último dia 11, uma pessoa com lesões na medula espinhal se tornou o primeiro paciente a receber um tratamento a base de células-tronco embrionárias. Trata-se de um paciente de Atlanta (Geórgia, EUA), de nome, sexo e idade ainda não revelados, que havia ficado paraplégico após um acidente.
Vamos evitar uma confusão comum. Este referido paciente será o primeiro a ser tratado com as células-tronco de embriões. Muitas pessoas já haviam sido tratadas com células-tronco originárias de tecidos adultos, como a própria medula óssea, desde 2005. Mas o uso de células de embriões é uma grande conquista.
Uma das principais oposições às células tronco de embriões é justamente a forma como elas são obtidas. Para um procedimento destes, obviamente é necessário destruir um embrião humano, e os grupos anti-aborto mais estritos se posicionam contra essa postura. Os defensores, por sua vez, apontam que as células têm um enorme potencial para o tratamento de doenças e regeneração de tecidos, e o benefício supera de longe os efeitos negativos. Em 1995, uma grande briga judicial tomou conta dos Estados Unidos a respeito da legitimidade de se usar ou não embriões humanos em experiências científicas. No fim, venceu a legalização do procedimento, e embriões têm sido usados desde então.
O paciente de Atlanta é parte de um projeto em grande parte experimental. Cirurgiões injetaram milhões de células embrionárias no local da lesão de sua coluna, através de uma agulha fina. Após isso, foi preciso esperar o crescimento das células que estimulam a formação do nervo e dos tecidos de revestimento. Ratos feridos, tratados com as células-tronco, recuperaram alguma mobilidade cerca de um mês após o tratamento. Com humanos, esse valor ainda é desconhecido.
Obviamente que, devido a razões de segurança, o projeto das células-tronco não corre na velocidade que alguns gostariam. A esperança em longo prazo é que estas células embrionárias ajudem o paciente a superar a paralisia resultante da lesão, mas o objetivo primário do estudo é o tratamento é seguro. O último empecilho à execução do tratamento havia acontecido em agosto de 2009, quando a cirurgia foi barrada porque causava alguns cistos nos animais testados. Um ano depois, foi anunciada a superação definitiva deste problema. Agora, este projeto parece finalmente apto a ser aplicado em pessoas. Os resultados disso, a partir desse momento, serão uma novidade para a medicina. 


Referência:
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