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domingo, 27 de março de 2011

CIENTISTAS DESCOBREM UMA CÉLULA DO CORPO QUE "AJUDA" O CÂNCER




Um novo estudo descobriu que algumas células “traem” o corpo, protegendo os tumores cancerígenos do sistema imunológico. A descoberta alerta que se fosse possível bloquear essas células, os tratamentos para parar o crescimento de tumores seriam mais eficazes. Os pesquisadores sabiam que o microambiente do tumor era imunossupressor, mas não sabiam como. Para descobrir isso, a equipe investigou as células vizinhas ao tumor. Os tumores cancerígenos são sempre rodeados por uma mistura de células do sistema imunológico que, por alguma razão desconhecida, parecem permitir que o tumor cresça sem interferir. Os pesquisadores então decidiram destacar um tipo de célula que está presente em torno dos tumores, bem como em áreas de inflamação crônica, como as articulações de pessoas com artrite reumatóide. Pouco se sabe sobre essa célula, que os pesquisadores chamam de FAP, por causa da proteína de ativação de fibroblastos encontrada em sua superfície. Embora a célula tenha sido descoberta escondida em torno de tumores há 20 anos, poucas pesquisas foram feitas sobre sua função. Ela tem sido utilizada apenas como indicadora de tumores. Inclusive, os pesquisadores estão tentando descobrir se ela já foi estudada antes sob um nome diferente. Para estudar a função destas células, a equipe injetou tumor de pulmão ou de pâncreas em ratos, e matou seletivamente as células FAP. Quando as células FAP morreram, todos os tumores pararam de crescer. Segundo os pesquisadores, nos ratos os tumores normalmente dobram de tamanho em dois dias. Mas quando eles dissecaram os tumores dois dias após matarem as células FAP, os tumores estavam do mesmo tamanho ou ligeiramente menores do que quando foram injetados. Além disso, cerca de metade das células do tumor morreram por inanição de oxigênio, o que sugere que seu suprimento de sangue foi cortado. Os pesquisadores imaginam que as células FAP trabalham bloqueando a ação de duas proteínas que normalmente matam os tumores. Quando eles bloquearam a atividade dessas duas proteínas, em uma outra experiência, foram capazes de impedir a necrose tumoral. Ainda assim, especialistas alertam que o modelo de câncer dos ratos não se parece com a natureza dos carcinomas humanos que se pode observar na prática clínica. Antes que a equipe de pesquisadores possa desenvolver uma terapia aplicável aos seres humanos, eles precisam descobrir em quais outros lugares do corpo essas células podem residir, e o que elas estão fazendo.





BIBLIOGRAFIA







Acadêmica: Karen Quevedo

quinta-feira, 24 de março de 2011

BLOQUEIO AO HIV


Pesquisadores da escola de medicina da Universidade da Pensilvânia trazem uma boa notícia para a luta contra a Aids. Eles estão desenvolvendo um tratamento que impede a invasão do HIV nas células brancas do sangue. Os cientistas pretendem alterar as células geneticamente para bloquear a entrada do vírus. As primeiras nove pessoas a receber o tratamento mostraram resultados promissores.
De acordo com o responsável pela pesquisa, Carl June, o tratamento envolve retirar as células mais propensas à infecção por HIV, chamadas CD4+, de um paciente soropositivo. Em seguida, elas são alteradas em laboratório para “sabotar” um gene chamado CCR5, que é a “porta de entrada” do vírus causador da Aids. As células tratadas ficam, então, “trancadas” para o HIV. Depois da mudança, elas são recolocadas no paciente.“Este é o primeiro exemplo de modificação genética a introduzir um gene resistente a doenças em um paciente”, disse June.
Os resultados preliminares revelaram que, um ano após o tratamento, as células alteradas cresceram em número. Em alguns pacientes, as células haviam colonizado áreas do intestino e da mucosa retal, onde o HIV geralmente se multiplica e as CD4+ se esgotam. O estudo foi considerado pioneiro e apresentado esta semana em uma conferência sobre vírus em Boston.




BIBLIOGRAFIA






Acadêmica: Karen Quevedo

sábado, 19 de março de 2011

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS CÉLULAS NA MEDULA ÓSSEA

As células precursoras estão distribuídas no interior da medula óssea, obedecendo a um arranjo mais ou menos definido ou preferencial.
As células CFU-S (pluripotente) tem localização preferencial junto ao tecido ósseo, na chamada região subendosteal das trabéculas ósseas do esterno ou osso ilíaco. Elas se tornam cada vez menos numerosas, à medida que aumenta a distância que as separa do osso.
Nas regiões centrais do espaço medular (região axial) predominam os precursores já mais diferenciados, as células comprometidas e as células maduras, que passam à circulação através dos vasos sinusóides venosos centrais.
Tal distribuição ocorre tanto com a linhagem granulocítica como com as células eritroblásticas. Assim, em relação a esta ultima, tem sido observado que as células menos diferenciadas, do tipo BFU-E, são mais numerosas junto ás trabéculas ósseas, enquanto as CFU-E predominam nas zonas mais centrais do espaço medular.
Além dessa localização preferencial subendosteal dos precursores imaturos, observou-se também que nas regiões que circundavam os vasos arteriais da medula óssea há maior concentração junto ao tecido ósseo, mas não parecem acumular-se nos espaços periarteriais.
Essa distribuição zonal dos precursores medulares reflete as diferenças que existem na estrutura anatômica ou microambiente do órgão.
O microambiente da medula óssea é formado pelas células estromais, representadas basicamente por células que derivam do mesênquima ou tecido conjuntivo frouxo, que forma o reticulado tridimensional onde se alojam as células hematopoéticas.
A composição ou integridade anatomofuncional desse microambiente é essencial para proliferação e diferenciação normal das células do sangue.
As células estromais têm a capacidade de regular o ritmo de diferenciação das células pluripotentes hematopoéticas, protegendo-as, por assim dizer, de uma proliferação exagerada ou anômala. Esse mecanismo regulador se processa numa relação direta de célula a célula e envolve a produção e a liberação, por parte das células estromais, de fatores estimuladores e inibidores da hemopoese (CSFs).
Portanto, os precursores medulares são estimulados (ou inibidos) não só pelas linfocinas produzidas por mononucleares do sangue, como também pelos CSFs secretados por células do estroma.
Há tendência para se admitir que ocorram diferenças entre essas células estromais quanto à função secretora de substâncias estimuladoras ou inibidoras da diferenciação das células pluripotentes. As células estromais das regiões mais centrais (axial) produziriam, de preferência, substâncias estimuladoras da diferenciação celular. As células localizadas na região subendosteal não produziriam estímulo diferenciador, permitindo então que as células pluripotentes permaneçam com sua capacidade de proliferar sempre com as mesmas características de pluripotencialidade e indiferenciação.
Agentes reconhecidamente tóxicos, como benzeno, o busulfan ou ciclofosfamida, provocam alterações da hemopoese por lesarem não só a célula pluripotente, mas também o microambiente medular.
A íntima relação entre precursores medulares e células estromais normais é, pois, condição essencial para a hemopoese normal.
Em certos estados patológicos, nos quais há alteração dessa anatomia normal, a proliferação/maturação das células sanguíneas se altera, podendo ser a causa de uma condição de pré-leucemia ou de leucemia.

BIBLIOGRAFIA

LORENZI, Therezinha F; Manual de Hematologia propedêutica e clínica. 4ª Edição. Pgs: 30 e 31. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.
Acadêmica: Karen Quevedo

quinta-feira, 17 de março de 2011

HEMOPOESE (HEMATOPOESE)

A palavra Hemopoese significa formação das células do sangue. Abrange o estudo de todos os fenômenos relacionados com a origem e com a multiplicação e a maturação das células sanguíneas, ao nível da medula óssea. As células precursoras estão em grande atividade proliferativa e maturativa, garantindo a manutenção do número de células maduras na circulação.

1. Origem das células sanguíneas
A porção celular do sangue é composta de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Constituem três linhagens ou séries diferentes de células, que se originam, de uma célula-mãe única, denominada célula pluripotente, totipotente, stem-cell ou célula-tronco.
A célula indiferenciada mielóide também denominada CFU-GEMM, indicando sua capacidade de diferenciação para as linhagens granulocíticas, eritrocitárias, monocitária e megacariocitária. A célula indiferenciada linfóide origina os linfócitos tipo T e os linfócitos B, produzidos também na medula óssea.
Tanto a célula indiferenciada mielóide como a linfóide se diferenciam das stem-cells por sua capacidade de auto-renovação. A auto-renovação é principal característica das células pluripotentes.
Todas as células indiferenciadas pluripotentes têm sua origem no embrião no saco vitelino. A partir do saco vitelino, essas células caem na circulação embrionária e se fixam em locais do embrião, e depois do feto, onde há rede vascular muito rica. Dentre esses locais estão o baço, o fígado e posteriormente, a medula óssea.
O órgão central hemoformador das células do sangue é a medula óssea. Aí se localizam as células pluripotentes que estão em constantemente produzindo células adultas para serem lançadas na periferia.
A medula óssea se situa nos ossos esponjosos do adulto: esterno, ossos ilíacos e costelas. Em conjunto, forma um órgão de grande porte, maior do que o fígado, com peso de aproximadamente de 1.500g.
No período pré-natal e os nascimento, existe medula óssea formadora de células sanguíneas em quase todos os ossos. Por isso, pode-se colher material para estudo da medula óssea no terço superior da tíbia, por exemplo, em crianças recém-nascidas com até 6 meses de idade.
Essa medula funcionante, produtora de células, é muito vascularizada. Tem, então, cor vermelha-escura (medula vermelha). À medida que deixa de ser ativa, torna-se amarela, rica em células gordurosas (medula amarela). A medula óssea tem uma estrutura anatômica muito especial que permite a proliferação ou multiplicação das células pluripotentes e, ao mesmo tempo, a diferenciação destas.
Para que esses fatos ocorram, há necessidade de um parênquima de sustentação para tais células, que deve ser muito rico em sangue. Neste parênquima existem vasos sinusoidais numerosos e vários tipos de células denominadas de células estromais. Há também vasos maiores de tipo venoso e arterial, fibrilas nervosas e fibras reticulares de permeio às trabéculas de tecido ósseo esponjoso.
Em conjunto, essa disposição anatômica forma o que se denomina microambiente medular ou estroma medular. Quando esse microambiente está alterado, modifica-se também a formação normal das células do sangue.

2. Períodos da Hemopoese
As primeiras células sanguíneas surgem no período embrionário, por volta da sétima ou oitava semana de vida. Daí até o quarto mês, a formação das células se faz em agrupamentos de células redondas localizadas no saco vitelino. É o período embrionário da hemopoese. Do quarto ao sexto mês de vida fetal, as células do sangue são formadas no baço e no fígado, e a partir de então, esta passa a ser feita na porção esponjosa dos ossos.
As células embrionárias ou stem-cells emigram do saco vitelino para o fígado e daí para a medula óssea.
A hemopoese fetal inicia-se no fígado por volta do 42º dia, também do tipo eritróide, com células que sintetizam cadeias globínicas alfa e gama. As outras linhagens hematopoéticas, granulócitos e megacariócitos aparecem mais tardiamente, podendo as células ser cultivadas a partir de fígado fetal.
Admite-se que as células que possuem atividade hemoformadora, as pluripotentes, que se formam inicialmente no saco vitelino, sejam capazes de, uma vez levadas pela corrente circulatória, aninhar-se em locais distantes, onde a disposição anatômica vascular e os elementos celulares de sustentação formem o microambiente, onde o tecido hemopoético prolifera e amadurece.

BIBLIOGRAFIA
LORENZI, Therezinha F; Manual de Hematologia propedêutica e clínica. 4ª Edição. Pgs: 6 e 7. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.

Acadêmica: Karen Quevedo


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