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quinta-feira, 17 de março de 2011

HEMOPOESE (HEMATOPOESE)

A palavra Hemopoese significa formação das células do sangue. Abrange o estudo de todos os fenômenos relacionados com a origem e com a multiplicação e a maturação das células sanguíneas, ao nível da medula óssea. As células precursoras estão em grande atividade proliferativa e maturativa, garantindo a manutenção do número de células maduras na circulação.

1. Origem das células sanguíneas
A porção celular do sangue é composta de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Constituem três linhagens ou séries diferentes de células, que se originam, de uma célula-mãe única, denominada célula pluripotente, totipotente, stem-cell ou célula-tronco.
A célula indiferenciada mielóide também denominada CFU-GEMM, indicando sua capacidade de diferenciação para as linhagens granulocíticas, eritrocitárias, monocitária e megacariocitária. A célula indiferenciada linfóide origina os linfócitos tipo T e os linfócitos B, produzidos também na medula óssea.
Tanto a célula indiferenciada mielóide como a linfóide se diferenciam das stem-cells por sua capacidade de auto-renovação. A auto-renovação é principal característica das células pluripotentes.
Todas as células indiferenciadas pluripotentes têm sua origem no embrião no saco vitelino. A partir do saco vitelino, essas células caem na circulação embrionária e se fixam em locais do embrião, e depois do feto, onde há rede vascular muito rica. Dentre esses locais estão o baço, o fígado e posteriormente, a medula óssea.
O órgão central hemoformador das células do sangue é a medula óssea. Aí se localizam as células pluripotentes que estão em constantemente produzindo células adultas para serem lançadas na periferia.
A medula óssea se situa nos ossos esponjosos do adulto: esterno, ossos ilíacos e costelas. Em conjunto, forma um órgão de grande porte, maior do que o fígado, com peso de aproximadamente de 1.500g.
No período pré-natal e os nascimento, existe medula óssea formadora de células sanguíneas em quase todos os ossos. Por isso, pode-se colher material para estudo da medula óssea no terço superior da tíbia, por exemplo, em crianças recém-nascidas com até 6 meses de idade.
Essa medula funcionante, produtora de células, é muito vascularizada. Tem, então, cor vermelha-escura (medula vermelha). À medida que deixa de ser ativa, torna-se amarela, rica em células gordurosas (medula amarela). A medula óssea tem uma estrutura anatômica muito especial que permite a proliferação ou multiplicação das células pluripotentes e, ao mesmo tempo, a diferenciação destas.
Para que esses fatos ocorram, há necessidade de um parênquima de sustentação para tais células, que deve ser muito rico em sangue. Neste parênquima existem vasos sinusoidais numerosos e vários tipos de células denominadas de células estromais. Há também vasos maiores de tipo venoso e arterial, fibrilas nervosas e fibras reticulares de permeio às trabéculas de tecido ósseo esponjoso.
Em conjunto, essa disposição anatômica forma o que se denomina microambiente medular ou estroma medular. Quando esse microambiente está alterado, modifica-se também a formação normal das células do sangue.

2. Períodos da Hemopoese
As primeiras células sanguíneas surgem no período embrionário, por volta da sétima ou oitava semana de vida. Daí até o quarto mês, a formação das células se faz em agrupamentos de células redondas localizadas no saco vitelino. É o período embrionário da hemopoese. Do quarto ao sexto mês de vida fetal, as células do sangue são formadas no baço e no fígado, e a partir de então, esta passa a ser feita na porção esponjosa dos ossos.
As células embrionárias ou stem-cells emigram do saco vitelino para o fígado e daí para a medula óssea.
A hemopoese fetal inicia-se no fígado por volta do 42º dia, também do tipo eritróide, com células que sintetizam cadeias globínicas alfa e gama. As outras linhagens hematopoéticas, granulócitos e megacariócitos aparecem mais tardiamente, podendo as células ser cultivadas a partir de fígado fetal.
Admite-se que as células que possuem atividade hemoformadora, as pluripotentes, que se formam inicialmente no saco vitelino, sejam capazes de, uma vez levadas pela corrente circulatória, aninhar-se em locais distantes, onde a disposição anatômica vascular e os elementos celulares de sustentação formem o microambiente, onde o tecido hemopoético prolifera e amadurece.

BIBLIOGRAFIA
LORENZI, Therezinha F; Manual de Hematologia propedêutica e clínica. 4ª Edição. Pgs: 6 e 7. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.

Acadêmica: Karen Quevedo


4 comentários:

  1. Oláa. adorei o blog e os post
    pretendo fazer biomedicina, e aqui descubro pouco mais sobre o assunto ! obrigada (:

    ResponderExcluir
  2. Que bom que você gostou, venha nos visitar sempre e qualquer coisa pode nos contatar pelo nosso email...

    :)

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  3. Biomedicina? quem inventou isso? Tudo q vcs fazem, os farmacêuticos bioquímicos já faziam há décadas ...

    ResponderExcluir
  4. ola Bom dia!

    gostaria de saber como faço pra receber os post deste site no meu email...

    obrigada!

    att

    Drielly-driellydry_529souza@hotmail.com

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