A necrose se refere ao espectro de alterações morfológicas que ocorrem após a morte celular em um tecido vivo resultando, em grande parte, da ação progressiva de enzimas nas células que sofreram uma lesão letal (as células fixadas imediatamente estão mortas, mas não necróticas). Rotineiramente, a necrose é o correspondente macroscópico e histológico da morte celular que ocorre devido a uma lesão exógena irreversível. As células necróticas são incapazes de manter a integridade das membranas e seu conteúdo geralmente extravasa. Isso pode causar inflamação no tecido adjacente.
A aparência morfológica da necrose resulta da desnaturação das proteínas intracelulares e da digestão enzimática da célula. As enzimas se originam ou dos lisossomos das próprias células mortas e, neste caso, é denominada de autólise, ou e lisossomos de leucócitos que migram para a região durante o processo inflamatório. São necessárias várias horas para que esses processos se desenvolvam e, assim, não haveria alterações detectáveis nas células se, por exemplo, um infarto do miocárdio causasse morte súbita. A única evidência poderia ser a oclusão da artéria coronariana. A evidência histológica inicial da necrose do miocárdio só se manifesta depois de 4 a 12 horas, mas enzimas e proteínas cardíacas específicas liberadas pelo músculo necrótico podem ser detectadas no sangue até 2 horas após a morte da célula miocárdica.
A aparência morfológica da necrose resulta da desnaturação das proteínas intracelulares e da digestão enzimática da célula. As enzimas se originam ou dos lisossomos das próprias células mortas e, neste caso, é denominada de autólise, ou e lisossomos de leucócitos que migram para a região durante o processo inflamatório. São necessárias várias horas para que esses processos se desenvolvam e, assim, não haveria alterações detectáveis nas células se, por exemplo, um infarto do miocárdio causasse morte súbita. A única evidência poderia ser a oclusão da artéria coronariana. A evidência histológica inicial da necrose do miocárdio só se manifesta depois de 4 a 12 horas, mas enzimas e proteínas cardíacas específicas liberadas pelo músculo necrótico podem ser detectadas no sangue até 2 horas após a morte da célula miocárdica.
MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO OU TIPOS DE NECROSE
Morfologia: As células necróticas apresentam um aumento da eosinofilia atribuível, em parte, à perda da basofilia normal causada pelo RNA do citoplasma e, em parte, ao aumento da ligação da eosina às proteínas citoplasmáticas desnaturadas. A célula necrótica pode ter uma aparência vítrea mais homogênea do que as células normais, principalmente devido à perda dos grânulos de glicogênio. Depois que as enzimas digerirem as organelas citoplasmáticas, o citoplasma apresenta vacúolos e um aspecto corroído. Finalmente, pode ocorrer calcificação da célula morta. As células mortas podem, eventualmente, ser substituídas por grandes massas de fosfolipídios, chamadas de figuras de mielina. Esses precipitados de fosfolipídios são geralmente fagocitados por outras células ou são posteriormente degradados em ácidos graxos; a calcificação de tais resíduos de ácidos graxos resulta na saponificação.
Classificação: a necrose apresenta massas de células necróticas que pode apresentar padrões morfológicos diversos. Quando a desnaturação é o padrão, se desenvolve a necrose de coagulação. Quando predomina a digestão enzimática, o resultado é a necrose de liquefação; em circunstâncias especiais, pode ocorrer a necrose caseosa ou a necrose gordurosa.
A necrose de coagulação implica a preservação do contorno básico da célula por pelo menos alguns dias. Os tecidos afetados apresentam textura firme. Presumivelmente, a lesão ou aumento subseqüente da acidose intracelular desnatura não somente as proteínas estruturais, mas também as enzimas, bloqueando, assim, a proteólise celular. O processo de necrose de coagulação, com preservação da arquitetura geral do tecido, é característico da morte por hipóxia (diminuição do fornecimento de oxigênio a célula) das células de todos os tecidos, exceto do cérebro.
A necrose de liquefação é característica de infecções bacterianas focais ou, ocasionalmente, fúngicas, pois os microrganismos estimulam o acúmulo de células inflamatórias. Por razões que desconhecemos a morte celular do sistema nervoso central por hipóxia geralmente leva à necrose de liquefação. Independentemente da patogenia, a liquefação digere completamente as células mortas. O resultado final é a transformação do tecido em uma massa viscosa. Se o processo foi iniciado por uma inflamação aguda, o material geralmente é amarelo cremoso devido à presença de leucócitos mortos, sendo chamado de pus.
A necrose caseosa, uma forma distinta de necrose de coagulação, é encontrada mais frequentemente em focos de tuberculose. O termo caseoso é derivado da aparência macroscópica semelhante a queijo branco da área da necrose. Ao exame microscópico, o foco necrótico se parece com fragmentos granulosos amorfos, aparentemente compostos de células coagulantes fragmentadas, e fragmentos granulares cercados por uma borda inflamatória distinta chamada reação granulomatosa. Ao contrario da necrose de coagulação, a arquitetura tecidual está completamente destruída.
A necrose gordurosa é um termo bem aceito no meio médico, mas ma realidade não identifica um padrão específico de necrose. Na realidade, ele descreve áreas de destruição de gordura que ocorre tipicamente como resultado da liberação de lípases pancreáticas ativadas no parênquima pancreático e na cavidade peritonial.
A necrose de coagulação implica a preservação do contorno básico da célula por pelo menos alguns dias. Os tecidos afetados apresentam textura firme. Presumivelmente, a lesão ou aumento subseqüente da acidose intracelular desnatura não somente as proteínas estruturais, mas também as enzimas, bloqueando, assim, a proteólise celular. O processo de necrose de coagulação, com preservação da arquitetura geral do tecido, é característico da morte por hipóxia (diminuição do fornecimento de oxigênio a célula) das células de todos os tecidos, exceto do cérebro.
A necrose de liquefação é característica de infecções bacterianas focais ou, ocasionalmente, fúngicas, pois os microrganismos estimulam o acúmulo de células inflamatórias. Por razões que desconhecemos a morte celular do sistema nervoso central por hipóxia geralmente leva à necrose de liquefação. Independentemente da patogenia, a liquefação digere completamente as células mortas. O resultado final é a transformação do tecido em uma massa viscosa. Se o processo foi iniciado por uma inflamação aguda, o material geralmente é amarelo cremoso devido à presença de leucócitos mortos, sendo chamado de pus.
A necrose caseosa, uma forma distinta de necrose de coagulação, é encontrada mais frequentemente em focos de tuberculose. O termo caseoso é derivado da aparência macroscópica semelhante a queijo branco da área da necrose. Ao exame microscópico, o foco necrótico se parece com fragmentos granulosos amorfos, aparentemente compostos de células coagulantes fragmentadas, e fragmentos granulares cercados por uma borda inflamatória distinta chamada reação granulomatosa. Ao contrario da necrose de coagulação, a arquitetura tecidual está completamente destruída.
A necrose gordurosa é um termo bem aceito no meio médico, mas ma realidade não identifica um padrão específico de necrose. Na realidade, ele descreve áreas de destruição de gordura que ocorre tipicamente como resultado da liberação de lípases pancreáticas ativadas no parênquima pancreático e na cavidade peritonial.
BIBLIOGRAFIA
KUMAR, Vinay [et al]; Robbins e Cotran: Bases Patológicas das Doenças. Pgs 21, 22, 23. 7ª Edição. Elsevier. Rio de janeiro, 2005.
Acadêmica:Karen Quevedo
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