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quarta-feira, 2 de março de 2011

Sistema Endócrino

 Introdução

O sistema endócrino é constituído por um grupo de órgãos (algumas vezes referidos como glândulas de secreção interna) cujo à função principal é produzir e secretar hormônios diretamente no interior da corrente sanguínea. Os hormônios atuam como mensageiros para coordenar atividades de varias partes do corpo. O sistema endócrino compõe de corpos de tecido glandular como a tireóide, mas também glândulas no interior de certos órgãos, como, testículos, ovários e coração. O sistema usa hormônios para controlar e coordenar funções corpóreas. Hormônios regulam processos de degradação de substâncias químicas no metabolismo, como por exemplo: Equilíbrio de líquido e produção de urina, crescimento e desenvolvimento do corpo, reprodução sexual. A produção de hormônio de uma glândula pode ser influenciada por vários fatores, incluindo níveis de substâncias no sangue e informações provenientes do sistema nervoso. Uma vez que os hormônios são transportados pelo sangue, cada hormônio atinge todas as partes do corpo. Toda via o formato molecular específico de cada hormônio só se encaixa em receptores dos seus tecidos ou órgãos alvos.

Mecanismos Da Ação Hormonal

Segundo Guyton, os hormônios modificam a função celular por um de dois mecanismos distintos: por ativarem o mecanismo do AMP cíclico, ou por ativarem os genes. No mecanismo do AMP cíclico, o hormônio ativador combina com substância receptora especial situada na superfície da membrana celular. No mecanismo genético do controle hormonal, o hormônio ativador reage com uma substância receptora no citoplasma celular, e a combinação do hormônio com o receptor migra para o núcleo onde vai ativar um ou mais genes específicos; estes, por sua vez, vão promover atividades funcionais específicas nas células. O AMP cíclico é um mediador hormonal intracelular, freqüentemente também é chamado de segundo mensageiro, também é chamado de segundo mensageiro para mediação hormonal, o primeiro mensageiro sendo o próprio hormônio mediador. O primeiro evento desse mecanismo de controle hormonal é a ação do hormônio estimulante sobre um receptor especifico, na membrana celular. Em verdade, se um hormônio ira ou não atuar sobre uma célula especifica é determinado pela presença ou ausência deste receptor especifico para este hormônio.
O efeito específico que ocorre em cada célula individual é determinado pelas características da célula. Assim, se a célula é glandular, promoverá a produção de sua secreção especifica; se a célula é de músculo liso, ira produzir sua contração ou seu relaxamento, dependendo de se o AMP cíclico é excitatório ou inibitório para aquela célula determinada.
Um segundo mecanismo importante para a ação hormonal é pela ativação de um ou mais de um gene no núcleo celular; esses genes, por sua vez, promovem a síntese de proteínas nas células alvo. Esse é o mecanismo de controle hormonal utilizado pelos hormônios esteróides secretados pelo córtex supra renal, pelos ovários e pelos testículos.

Hormônios da Hipófise Anterior

A glândula hipófise tem as mesmas dimensões que a ponta do dedo mínimo, é dividida em duas partes completamente distintas, a neuro-hipófise, que é ligada ao hipotálamo do cérebro e a adeno-hipófise, situada anteriormente a neuro-hipófise. A adeno-hipofise é composta por tipos diversos de células, cada um dos quais secreta um ou mais hormônios. Os principais hormônios da adeno-hipofise são: hormônio do crescimento, hormônio tireoestimulante (tireotropina), hormônio adrenocorticotropico (adrenocorticotropina), prolactina, hormônio folículo estimulante, hormônio luteinizante. Os dois últimos listados são chamados de hormônios gonadotrópicos, pois regulam a função das glândulas sexuais.
Hormônio do crescimento: È uma pequena proteína contendo 191 aminoacidos em cadeia única. é secretado durante toda vida da pessoa, muito embora o crescimento corporal cesse durante a adolescência.
Hormônio Tireoestimulante: também chamado de tireotropina. Controla a secreção da glândula tireóide, produzindo aumento das células tireoidianas, além de suas dimensões e da intensidade com que secretam a toxina. Quando a hipófise anterior deixa de secretar o hormônio tireoestimulante, a glândula tireóide apresenta tal grau de incapacidade que, praticamente, deixa de secretar qualquer hormônio.
Hormônio adrenocorticotropico: Também conhecido por “ACTH” e por “CORTICOTROPINA”, controla a secreção dos hormônios do córtex supra-renal.
Hormônio Prolactina: É um hormônio secretado durante a gravidez e durante todo período de amamentação-quando ocorre produção de leite-após o nascimento. Esse hormônio estimula o crescimento das mamas, bem como a função secretora de suas glândulas.
Hormônio Folículo Estimulante: No sexo feminino os hormônios folículo estimulante desencadeia os crescimento dos folículos (câmaras cheias de líquidos) nos ovários. Em cada um deles ocorre o desenvolvimento de um ovulo, em preparação para a fecundação. Esse hormônio também faz com que os ovários secretem os estrógenos um dos hormônios femininos. No sexo masculino o hormônio folículo estimulante promove o crescimento do epitélio germinativo dos testículos o que promove o desenvolvimento dos espermatozóides que podem assim fecundar o óvulo.
Hormônio luteinizante: No sexo feminino, o hormônio luteinizante atua em conjunto com o hormônio folículo estimulante, a fim de produzirem a secreção dos estrogênios. Também faz com que o folículo se rompa, permitindo que o óvulo escape para a cavidade abdominal de onde passa para a Trompa de falópio onde pode ocorrer a fecundação. Também faz com que o ovário secrete a progesterona. No sexo masculino, o hormônio luteinizante faz com que o testículo secrete a testosterona, hormônio sexual masculino.

Hormônios da Hipófise Posterior

A glândula hipose-posterior não é uma glândula, pois apenas serve como depósito para os hormônios não os secretando. Armazena dois hormônios, o hormônio antidiurético (também chamado de vasopressina) e a ocitocina. O hormônio antidiurético tem função muito importante no controle renal da excreção de água. A ocitocina estimula a contração do músculo e nas mamas, como resultado, desempenha papel importante no nascimento de crianças e na ejeção do leite pela mama materna.
Hormônio antidiurético: impede que os líquidos corporais fiquem excessivamente concentrados no organismo.
Hormônio ocitocina: Um agente “ocitocico” é uma substancia que faz com que o útero contraia e esse é um dos efeitos primários da ocitocina. Essa substancia é secretada em quantidades moderadas durante a parte final da gravidez, em quantidades especialmentes grandes, no período em que a criança esta nascendo.


Glândulas Supra Renais

A medula interna e o córtex externo da glândula supra-renal secretam hormônios diferentes. Os hormônios corticais são esteróides e incluem glicocorticóides, como cortisol, que afeta o metabolismo, os mineralocorticóides, como aldosterona, que influencia o equilíbrio salino e mineral, gonadocorticóides, que atuam sobre os ovários e os testículos. A medula interna funciona como uma glândula separada. Suas fibras nervosas se ligam ao sistema nervoso simpático e ela produz os hormônios de luta-ou-fuga, como a adrenalina.
Os hormônios corticais da supra renal tem ações de manutenção da vida ao ajudarem a coordenar e manter as condições internas, (homeostase), enquanto os hormônios medulares estão envolvidos na resposta do corpo a tensão.
Aldosterona: Secretado pela camada superficial do córtex, este hormônio inibe o nível de sódio excretado na urina e promove a perda de potássio, mantendo o volume e a pressão do sangue.
Cortisol: a camada média do córtex produz este hormônio que controla a maneira como o corpo utiliza gorduras, proteínas, carboidratos e minerais, e ajuda a reduzir inflamações.
Gonadocorticoides: Produzidos pela camada profunda do córtex esses hormônios sexuais afetam a produção de espermatozóides nos homens e a distribuição dos pelos nas mulheres, trabalhando em conjunto com o (ACTH).
Adrenalina e Noradrenalina: Estes hormônios medulares trabalham com o sistema nervoso simpático para aumentar a frequencia cardíaca e a pressão sanguínea, desencadear o metabolismo de carboidratos, e preparar o corpo para a ação.
Androgênios: São hormônios que provocam o desenvolvimento das características sexuais masculinas.


Pâncreas

O pâncreas é uma glândula com duas finalidades. Ele produz enzimas digestivas em células denominadas acinos, mas também tem uma função endócrina. No interior dos tecidos acinares existem cerca de um milhão de grupamentos celulares denominados ilhotas pancreáticas. Estas contêm células que produzem hormônios envolvidos no controle da glicose, a principal fonte de energia do corpo. As células beta produzem o hormônio insulina, que promove a absorção de glicose por células e acelera a conversão em glicogênio para armazenamento no fígado. As células delta produzem somatostatina, que regula as células alfa e beta.
Insulina: A insulina exerce efeitos muito pronunciados sobre o metabolismo da maior parte dos tipos diferentes de alimentos – carboidratos, gorduras e proteínas. Sem insulina um animal ou um ser humano não consegue crescer, em parte por não poder utilizar mais que parte bem pequena do carboidrato que ingere, mas também por suas células serem incapazes de sintetizar proteínas. Também, na falta de insulina as células utilizam quantidades extraordinariamente grande de gordura, o que provoca condições de debilidade extrema, tais como perda de peso, acidose e, ate mesmo, coma, de modo que a pessoa que sofre de falta de insulina tem, em geral, vida bem curta.
 Glucagon: O glucagon aumenta a concentração sanguínea de glicose por dois mecanismos. Primeiro, aumenta a degradação do glicogênio hepático em glicose, tornando disponível para ser transportada para o sangue. Segundo, o glucagon aumenta a gliconeogenese (conversão de proteína em glicose) pelo fígado. Exerce esse efeito, em sua maior parte, pela ativação do sistema enzimático das células hepáticas responsáveis por esse processo.

Glândulas tireóides e paratireóides

A tireóide se localiza na parte anterior do pescoço, com as quatro minúsculas glândulas paratireóides embutidas nas partes mais posteriores das suas “asas”. Os hormônios que ela produz têm vastos efeitos sobre a química do corpo, incluindo a manutenção do peso corpóreo, a taxa de uso de energia de glicose do sangue, e a freqüência cardíaca. Diferente das outras glândulas, ela pode armazenar os hormônios que produz. As paratireóides produzem paratormônios (PTH), que aumenta o nível de cálcio no sangue. O PTH atua sobre os ossos para liberar seu cálcio armazenando, sobre os intestinos para aumentar a absorção de cálcio, e sobre os rins para evitar a perda de cálcio.

Glândulas Sexuais e seus hormônios

As principais glândulas sexuais são os ovários das mulheres e os testículos nos homens. Os hormônios sexuais por elas produzidos estimulam a produção de óvulos e espermatozóides respectivamente, influenciam na determinação do sexo no inicio do desenvolvimento do embrião. Após o nascimento, os níveis circulantes permanecem baixos até a puberdade. Então, nos homens os testículos aumentam sua produção de andrógenos (hormônios sexuais masculinos), como a testosterona. Nas mulheres os ovários produzem mais estrógenos e progesterona.

  
  
 Acadêmico:
DOUGLAS GEBAUER BONA
Aluno de Biomedicina - UNIC


Bibliografia.

·        O Livro do Corpo Humano – Steven Parker
·        Silverthorn, Dee Unglaub, 1948- Fisiologia Humana : uma abordagem integrada.
·        Fisiologia do Corpo Humano C. Guyton – Editora Guanabara 1988.

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