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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

HEMOFILIA A


O QUE É A HEMOFILIA A?


A hemofilia A é um defeito hereditário na coagulação do sangue que se não for tratado pode causar hemorragias graves e até levar a morte.
*É uma herança genética recessiva ligada ao cromossomo X.
*Afeta principalmente os homens.
*De acordo com o Ministério da Saúde, em 1º de julho de 2007 o número de pacientes com hemofilia A no Brasil era de 6.881.



MÃE PORTADORA DE HEMOFILIA A



MÃE NORMAL E PAI PORTADOR DE HEMOFILIA A




COMO A HEMOFILIA A SE MANIFESTA?

*As hemofilias causam hemorragias prolongadas dos tecidos moles profundos do organismo. Hemofílicos severos têm frequentes e espontâneas hemartroses (hemorragias articulares) e hematomas intramusculares.



COMO OCORRE O TRATAMENTO DA HEMOFILIA A?

*Vários agentes podem ser usados, dependendo da gravidade da hemorragia e da severidade da hemofilia. Medidas gerais incluem o tratamento imediato das hemorragias agudas para reduzir a inflamação das articulações. Os agentes antiplaquetários como a aspirina devem ser evitados. As injecções intramusculares estão proibidas.



HEMOFILICOS









FONTE DE PESQUISA:
*Livro:
Osório; Robinson Wanyce M. Genética Humana, 2ª Edição. Artmed Editora S.A, 2001.
*Internet:
Vejaonline.com (Coluna da Drª Mayana Zatz)






Síndrome de Down

A síndrome de down é uma condição genética resultante da presença de um cromossomo 21 extra, sendo caracterizada por anormalidades no funcionamento e estrutura do organismo. Entre as características presentes em quase todos os casos de síndrome de down estão dificuldade de aprendizagem e crescimento físico, e uma aparência facial reconhecível geralmente identificada no nascimento. O seu nome deve-se a John Langdon Down, o médico britânico que descreveu a síndrome em 1866.Pessoas com síndrome de down tem capacidade cognitiva menor que a média, geralmente variando de retardamento mental leve a moderado. A incidência da síndrome é estimada de 1 por 800 a 1 por 1000 nascimentos. Preocupações com relação à saúde de pessoas com síndrome de down incluem o maior risco de defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico, infecções recorrentes nos ouvidos, apnéia do sono obstrutiva e disfunções da tiróide. São indicadas ações durante a infância precoce, testes para detecção de problemas comuns e tratamento médico. Treinamento vocal pode melhorar o desenvolvimento da criança com síndrome de down. Ainda que algumas limitações genéticas da síndrome de down não possam ser superadas, educação e cuidado apropriado podem melhorar a qualidade de vida do indivíduo.


CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DE DOWN


Indivíduos com síndrome de down podem ter algumas ou todas das seguintes características físicas: fissuras oblíquas dos olhos com pequena dobra cutânea no canto interno do olho, hipotonia muscular, ponte nasal achatada, língua protuberante (devido à pequena cavidade oral, pouco tônus muscular e língua alargada perto da amídala), prega única nas palmas (prega simiesca), pescoço curto, pontos brancos na íris, flexibilidade excessiva nas articulações, espaço excessivo entre o dedão e o segundo dedo e defeitos congênitos no coração. A maioria das pessoas com síndrome de down tem retardamento mental de leve (QI 50-70) e moderado (QI 35-50). Adicionalmente, indivíduos com síndrome de down podem ter sérias anomalias afetando algum sistema do corpo.


INCIDÊNCIA DA SÍNDROME DE DOWN


A incidência de síndrome de down é estimada entre 1 por 800 a 1 por 1000 nascimentos, e ocorre em todos os grupos étnicos e classes sociais.A idade da mãe influi no risco de conceber uma criança com síndrome de down. Quando a mãe tem idade entre 20-24 anos, o risco é de 1/1490, enquanto com 40 anos é de 1/106 e com idade de 49 anos de 1/11. Embora o risco cresça com a idade da mãe, 80% das crianças com síndrome de down são de mães com menos de 35 anos devido à maior fertilidade desse grupo etário. Além da idade da mãe, não se conhece nenhum outro fator de risco para a síndrome de down.Muitos testes pré-natais padrões podem descobrir se o bebê tem síndrome de down. Testes genéticos são geralmente feitos quando os exames pré-natais indicaram possíveis problemas, ou em grávidas acima dos 30 ou 35 anos.



SAÚDE DO INDIVÍDUO COM SÍNDROME DE DOWN


As conseqüência médicas do material genético extra é muito variável e pode afetar as funções de qualquer sistema, órgão ou processo do organismo. Os aspectos médicos da síndrome de down abrangem antecipar e prevenir efeitos da condição, reconhecer complicações, administrar os sintomas individuais, e dar assistência ao indivíduo e sua família para se desenvolverem com as deficiências e as doenças relacionadas.As manifestações mais comuns da síndrome de down são dificuldades cognitivas, doenças cardíacas congênitas, deficiências auditivas, desordens da tiróide e doença de Alzheimer. Outros problemas sérios menos comuns incluem leucemia, deficiências do sistema imunológico e epilepsia. Alguns dos problemas de saúde, como algumas malformações no coração, estão presentes no nascimento, enquanto outros, como epilepsia, tornam-se aparentes com o tempo.







BIBLIOGRAFIA


*NUSSBAUM, Robert L; [ et al] Thompson e Thompson Genética Médica, 6ª Edição, pgs: 29. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2002.

*www.scielo.br

Sídrome de Marfan


A Síndrome de Marfan é uma mutação no gene da fibrilina que afeta o tecido conjuntivo, rico em fibras elásticas. As fibrilinas são responsáveis de ligar-se a elastina, que é a principal componente das fibras elásticas, está ligação é essencial para a integridade das fibras elásticas.
A Síndrome de Marfan foi descrita pelo pediatra Frances Antoine Bernad-Jean Marfan, em 1896. Ficou estabelecido que tratasse de uma doença genética com sendo autossômica dominante, com expressividade variável inter ou intra familiar, podendo ocorrer tanto em homens e mulheres, e que apresenta grau de incidência 1/10.000 indivíduos.
Define-se uma doença genética por vários membros da família são afetados, e autossômica dominante por que um defeito em apenas em um dos alelos para que ocorra o desenvolvimento da síndrome. Podendo ser herdada tanto do pai, quanto da mãe, onde os pais podem ser afetados, ou a mutação pode estar ocorrendo pela primeira vez. Uma vez portador da mutação e das características clinicas, existe a chance de 50% ser transmitida para o filho.
Na síndrome de Marfan tem quadro clínico variável, em pessoas da mesma família e em famílias diferentes, esse fato denomina-se expressividade variável, onde o afetado muitas vezes não apresenta todas as características clinicas. Por isso, é importante realizar um heredograma da família pra examinar a disposição genética favorável a síndrome. Onde por exemplo, um pai afetado apresentando características “leves”, o filho pode apresentar fortes características clínicas.
As características clínicas ou manifestações clínicas afetam três importantes sistemas: o esquelético, caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos alongadas e deformidade torácica; o cardíaco, caracterizado pela dilatação da aorta e por prolapso da válvula mitral; e o ocular, caracterizado pela luxação do cristalino e por miopia. Tendo a probabilidade de atingir diversos órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.


CUIDADOS COM OS PORTADORES DE MARFAN


Cuidados cardiológicos:

Os portadores mais afetados, a aorta esta sujeita a rupturas, devido ao defeito na fibrilina, a largura da aorta, especialmente na porção inicial pode apresentar um crescimento excessivo, predispondo a varias complicações potencialmente grave, como a dissecação da aorta ou a insuficiência da válvula aórtica. Não existe contra-indicação os portadores de Marfan ao uso de medicação para diminuir a freqüência e a força dos batimentos cardíacos, onde não utilizados betabloqueadores, como o propanolol e pindolol.


Cuidados ortopédicos:

Os portadores com características clínicas “fortes” tem dificuldade de movimentação, limitações ortopédicas. Estas limitações reunidas com os problemas cardiológicos são desaconselhadas à prática de exercícios físicos competitivos.


Cuidados Oftálmicos:

Apresentam problemas de visão, onde os cuidados a serem tomados seriam observar se existe mesmo a dificuldade de observação do afetado, procurar um oftalmologista para que indique o tratamento necessário.


TRATAMENTO

Atualmente não existe cura para a síndrome. Os tratamentos são aplicados de modo preventivo e para melhorar ou garantir uma qualidade de vida, para diminuir a dificuldades ocasionadas pela danificação do sistema cardíaco, esquelético e ocular. Recentemente as famílias e os portadores têm aplicados suas esperanças nas novas pesquisas, como a terapia gênica, e também cirurgias avançadas.


PERSPECTIVA DE VIDA PARA OS PORTADORES DE MARFAN

A expectativa de vida dos portadores, que apresentam esse distúrbio do tecido conjuntivo potencialmente fatal, aumentou em mais de 25% desde 1972. Onde homens apresentavam vida média de 49 anos e agora são 74 anos, e para mulheres e era de 41 anos e agora são de 70 anos.
Estudos apontam as razões do aumento da expectativa de vida, e são eles:
Ø Cirurgias cardiovasculares avançadas, que se tornou tratamento para regurgitação aórtica e mitral, aneurisma aórtico e dissecação aórtica.
Ø Maiores opções de terapias médicas, incluindo antagonistas receptores adrenérgicos, que foram bem aceitos como agentes potenciais para retardar a expansão aórtica e a progressão para a ruptura ou dissecação.
Ø E aumento da freqüência de diagnóstico precoce. Esses fatores têm aumentado a perspectiva de vida total dos portadores.


PESQUISAS

Desde a descoberta do gene, vem sendo feito diversas pesquisas para codificar o gene causador da síndrome. Desde 1991, através do desenvolvimento de técnicas moleculares é possível o diagnóstico de pré-natal e pré-sintomático da doença.
No Brasil, a Dra Ana Beatriz Alvarez Perez e a Dra Lygia Pereira iniciaram uma pesquisa com o objetivo de mapear as diversas mutações para fornecer subsidio para uma correlação genótipo-fenótipo e futura terapia gênica.
Atualmente a Fundação Marfan Brasil apoia uma pesquisa com o objetivo de realizar acompanhamento em crescimento infantil e adolescentes, que irá determinar o padrão de crescimento e puberdade dos pacientes com Marfan, assim como a densidade mineral óssea. Que tem como principio maior de verificar o impacto do crescimento nos aspectos cardiológicos e ortopédicos.

INFORMAÇÕES E CURIOSIDADES

*Informações: No Brasil, existe a Fundação Marfan, que TAM como missão fornecer informações para portadores familiares e profissionais sobre a síndrome de Marfan e divulgar os últimos avanços científicos no tratamento dos efeitos da síndrome nos pacientes, terapias e tratamentos.
*Curiosidades: Pessoas famosas que se acredita ter a síndrome: Julio Cesar, Charles Gaulle, Sergei Rachmanioff, Maria I da Escócia, Abraham Lincoln, um livro sugere que o faraó egípcio Amenófis (Akhenaton) pode ter tido estas condições, vale lembrar que são relatos de historiadores, e não relatos científicos. O astro do vôlei Flo Hyman, conhecido por ter Marfan, e o compositor de musicas Jonathan Larson, que acredita-se que também tinha a síndrome, por que morreu de dissecação da aorta. O ator Brent Collins, um anão com Síndrome de Marfan, aos 46 anos apresentou teve um repentino crescimento, o que levou a morte. O ator Vincent Schiavelli possuía Síndrome de Marfan, e era um membro honorário da National Marfan Foundation.


CONCLUSÃO

A Síndrome de Marfan é uma doença genética, que esta em pleno estudo, como diversas doenças genéticas, ela não tem cura, assim os portadores e a família colocam todas as suas esperanças em terapias médicas atuais, como a terapia gênica. Devem-se observar as características clinicas dos portadores, porém alguns não apresentam todas as características, então se existem casos na família é importante realizar um histórico familiar. Procurar ajuda médica, para realizar o tratamento, para garantir e melhorar a qualidade de vida do portador.








Bibliografia:


*NUSSBAUM, Robert L; [ et al] Thompson e Thompson Genética Médica, 6ª Edição, pgs: 29. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2002.


*JORDE, Lynn B; [et al] Genética Médica, 3ª Edição, pgs: 201,203. Rio de Janeiro, Elsevier, 2004.

Síndrome de Klinefelter

A síndrome de Klinefelter trata-se de uma anomalia (aneuploidia), uma mutação cromossômica numérica, há acréscimo de um cromossomo sexual no conjunto diplóide de um indivíduo.


COMO OCORRE A SÍNDROME DE KLINEFELTER:
*Ocorre devida a não-disjunção do cromossomo na meiose I paterna, devido uma falha na combinação Xp/Yp na região pseudo-autossômica;
*Nos casos de origem materna é a não-disjunção dos cromossomos na meiose I;
*Nos outros casos de erros ocorre na meiose II;
*E ela ocorre somente em homens.



NÃO DISJUNÇÃO NA MEIOSE I



  • Quando o erro ocorre na Meiose I, os gametas apresentam um representante de ambos os membros do par de cromossomos ou não possuem todo um cromossomo.

NÃO DISNJUNÇÃO NA MEIOSE II



  • Quando o erro ocorre na Meiose II, os gametas anormais contêm duas cópias de um cromossomo parental (e nenhuma cópia do outro) ou não possuem um cromossomo.

CARIÓTIPO 47,XXY



Um portador de SÍNDROME DE KLINEFELTER apresenta as seguintes características fenotípicas:
  • Altos, magros,pernas relativamente longas, hipogonadismo, e ginecomastia presente em alguns casos, dificuldade de aprendizagem, podem ter pouco ajuste psicossocial.

CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS


PORTADORES DA SÍNDROME DE KLINEFELTER




INCIDÊNCIA:
•Ocorre pelo menos 1 em 1.000 nativivos MASC.
•E 1 em 2.000 nascimentos.
•E que 15% dos portadores apresentam mosaicismo.Assim apresentando vários cariótipos, o mais comum é o 46,XY/ 47,XXY


*Lembrando que:
Eles apresentam um corpúsculo de Barr, tendo um dos dois cromossomos X inativo.


EVOLUÇÃO E SINTOMAS:

• É de esperar que indivíduos com a síndrome de Klinefelter tenham uma esperança média de vida normal, no entanto há a referir um aumento considerável de acidentes vasculares cerebrais (6 vezes superior à população geral), assim como na incidência do cancro (1,6%). O atraso da linguagem (51%), o atraso motor (27%) e problemas escolares (44%) complicam o desenvolvimento destas crianças e em alguns estudos estão descritos comportamentos anti-sociais e psiquiátricos. Outros apontam para uma boa adaptação social e no trabalho.
•Outra complicação é o déficit auditivo, no entanto não está descrito um aumento da frequência de infecções respiratórias na infância, ao contrário das doenças auto-imunes (diabetes; doenças do colágeno).

TRATAMENTO E PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES

•Ela dificilmente é detectada após o nascimento. A anomalia é detectada apenas quando problemas comportamentais, desenvolvimento da puberdade anormal ou infertilidade aparecem. A puberdade apresenta problemas particulares secundários aos problemas genitais já referidos.
•O tratamento é indicado a iniciar as 11-12 anos de idade tomando doses de testosterona. Os portadores apresentam melhora psicossocial e física. Sendo sempre acompanhados por um endocrinologista.



ACONSELHAMENTO GENÉTICO:

•Esta anomalia genética está associada à idade materna avançada. Num casal com um filho com a síndrome de Klinefelter, o risco de recorrência é igual ou inferior a 1%. O estudo familiar é habitualmente desnecessário, salvo em raras situações. Nem sempre a infertilidade é a regra. Casos se encontrem indivíduos férteis, deve ser oferecido o diagnóstico pré-natal a fim de excluir alterações cromossômicas uma vez que existe um risco acrescido das mesmas.



BIBLIOGRAFIA



NUSSBAUM, Robert L; [ et al] Thompson e Thompson Genética Médica, 6ª Edição, pgs: 29. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2002.
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